Por Clara Rosa Cruz Gomes

Educar para a democracia é desafiador. A democracia começa em casa: em como se dá a relação de poder, a tomada de decisão, a elaboração das regras. É sempre importante um

bom diálogo, a compreensão mútua, criar um clima de amizade, afeto e confiança. E tudo isso é mais trabalhoso, exige tempo, dedicação e aprendizado.

Na escola também é assim e são muitos alunos e o desafio se torna maior. Mas é importante o diálogo. As regras serem claras, o respeito mútuo e os valores éticos sempre presentes.

Quando um professor quer trabalhar com educação para a democracia, tem que imaginar que o espaço da sala é a primeira construção democrática. Propiciar debates, conversar sobre as regras, propiciar uma relação de autoridade dialógica. Querer a participação dos estudantes e respeitar suas ideias e criações e dar autonomia ao aluno. Fazer o estudante ser um cidadão com tomada de decisão e que possa ser respeitada as diferenças.

O espaço autoritário, as vezes é mais fácil, mas é inimigo do diálogo e da compreensão mútua e é gerador de violência.

Na minha prática pedagógica cotidiana, eu tento trabalhar a educação para democracia em nível micro na relação professor-aluno; e no nível macro na relação com o país. Por isso, acho importante a participação de meus alunos na Câmara Mirim. A dificuldade é a escola abraçar a importância do diálogo e troca de ideias, um grêmio estudantil e os professores da escola terem a preocupação com esse tema. Agora novos governos sempre fica o desafio de se pensar em como construir a democracia.